segunda-feira, 18 de abril de 2011

BATIZADO DO GABRIEL

10/04/2011 DIA DE BATIZADO




QUE DIA HEIN?

OLHA AI O BATIZADO DO GABRIEL ,ONDE ESTAVAM MEUS AMIGOS CONFIRA O EVENTO ONDE O CHARMOSO GALÃ DÁ SEUS  PRIMEIROS PASSOS PARA A FAMA!
 
 CONFIRA E VEJA SE ESSE BEBÊ PASSARIA EM BRANCO PERTO DE VOCÊ.
ELE É OU NÃO É FOFO!!!!!
O PRÓXIMO EVENTO QUE ELE VAI PARTICIPAR É
A FESTA DE 15 ANOS DA PRIMA-IRMÃ HELEN.
COM CERTEZA  A SIMONE VAI CAPRICHAR NA PRODUÇÃO QUE ROUPA SERÁ QUE ELE VAI USAR?






QUE FAMÍLIA LINDA!
SIMONE E GÊ , BABÕES
CHEIROSÃO!!!!!!!
LINDO!!!!!!!!!!!!!
E GOSTOSÃO!!!!!!!!


quinta-feira, 14 de abril de 2011

o que é TPM?

 
Todos os meses, algo acontece.

O ciclo menstrual está totalmente integrado à natureza da mulher. Ele faz parte da vida, é um fenômeno de renovação que se manifesta com sabedoria e regularidade no corpo.

Mas algo mais pode acontecer: a TPM – Tensão Pré-Menstrual –, um conjunto de sintomas associados ao ciclo menstrual, especificamente em sua fase pré-menstrual.

Nas 2 semanas que antecedem a menstruação, aparece uma série de desconfortos que só diminuem alguns dias após o início do sangramento menstrual.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde classificou a TPM como uma síndrome, pois ela envolve não apenas o lado emocional, mas também sintomas físicos.

Por que a TPM acontece?

Seu corpo muda. Seu humor também se altera. Até pensar fica difícil. Você sofre.

Existem várias hipóteses para o aparecimento da TPM: alterações hormonais, mudanças que esta fase provoca na transmissão dos impulsos nervosos do cérebro, características genéticas e diversas outras possibilidades.

Qualquer que seja a causa, não há como negar sua existência. Mas, como veremos, podemos prevenir que ela apareça.

Quais são os sintomas da TPM?

A TPM pode provocar uma série de sintomas físicos e emocionais. Passar por eles nem sempre é fácil. Eles podem apenas ser um pequeno incômodo.

Ou provocar um afastamento do trabalho, uma falta na escola ou deixar difícil a vida em família.

Sintomas emocionais
- Depressão
- Ansiedade/Tensão
- Alterações de humor
- Irritabilidade
- Interesse diminuído nas atividades dia-a-dia
- Dificuldade de concentração


Sintomas físicos
- Dor ou sensibilidade mamária (mastalgia)
- Inchaço
- Náuseas
- Mudança de apetite
- Cólicas
- Falta de energia
- Aumento do sono ou insônia

Homens e TPM

O que os homens precisam saber sobre a TPM.

A coisa mais importante que os homens precisam saber sobre a TPM é que piadas sobre a TPM podem prejudicar o namoro ou o casamento! TPM é algo sério, que merece respeito. A melhor atitude é a compreensão. O homem deve dar apoio, ser solidário.
A TPM impacta na qualidade de vida

É uma longa estrada. Você não está sozinha nesse caminho.

Estudos afirmam que 85% das mulheres sentem algum tipo de desconforto físico, emocional ou comportamental relacionados ao ciclo menstrual, especialmente na fase pré-menstrual.

Nas mulheres que apresentam TPM, os sintomas na fase pré-menstrual começam por volta dos 14 anos de idade e terminam no climatério*, mais ou menos aos 50 anos. Como esses sintomas estão presentes em média 6 dias de cada ciclo, as mulheres sentirão desconforto por aproximadamente 2.800 dias, ou entre 7 e 8 anos de sua vida!

Felizmente, isso pode mudar.

* Período popularmente conhecido como menopausa.
Quem pode ajudar?
Ter sintomas na fase pré-mestrual, todos os meses, durante anos, parece infinito. Mas a ajuda está perto de você.

Seu médico é a pessoa que de fato pode ajudar você.

Ele vai entender o que você sente, vai poder fazer um diagnóstico com base em sua história de vida e suas características físicas e dar a orientação mais adequada para você.

A medicina tem hoje boa compreensão dos sintomas da TPM e pode transformar esses momentos difíceis em um período com menos sintomas, com alívio e consequentemente com mais dias ativos.
Agora, pode ser diferente!


 O ideal é renovar o estoque de chocolates e oferecê-los à mulher com TPM  (Tensão Pré Menstrual) toda vez que perceber uma testa franzindo, uma voz se alterando ou algo diferente começando a explodir! Brincadeirinhas à parte…

A mulher no período de TPM se torna uma pessoa extremamente explosiva e com pouquíssima paciência [como já exposto no artigo Tensão Pré Menstrual (TPM) - O que é?]. Assim, alterações de humor e de comportamento passam a ser uma constante no “momento TPM”. Se para as mulheres com TPM já é difícil lidar com esse turbilhão de sentimentos e de alterações “loucas”, imagine para o companheiro (a) que está do lado.
Realmente não é tão simples como parece. Só quem vivencia isso (“dentro ou do lado”) que sabe o significado real de algo maçante. Do que as mulheres precisam nesse período? Talvez aqui esteja a chave da resposta! É um momento que exige esforço, talvez “sobre-humano” para evitar qualquer estrondo – brigas, choradeiras, desagrados, tristeza – entre outras coisas do gênero. Evitar! Essa é uma ação importante para ser executada!
De fato, as mulheres ficam um tanto mais provocadoras e intransigentes nesse momento. Só que evitar não é deixá-las totalmente de lado, “jogada às traças”. O interessante é manter um mix de deixá-la um pouco na “dela” e, ao mesmo tempo, se fazer presente, dar muita atenção e carinho, já que é um momento também em que a mulher está à flor da pele e “que até um beijo de novela me faz chorar”. Ou seja, a sensibilidade e a carência estão presentes, em menor ou maior grau, e ela precisa de carinho! Parece uma idéia louca deixá-la na dela e ser presente, mas com o tempo, entende-se o significado disso. É complexo mesmo! Ninguém falou que seria fácil! É o período das trevas! Nada agrada, tudo é meio cinzento, tudo parece mais difícil, a baixa auto-estima aproxima-se tornando tudo mais tenebroso, tudo parecer dar errado, quer matar o primeiro que contraria a sua idéia!
Quanto ao dar o chocolatinho, pode ajudar em dois sentidos – estimula a produção de serotonina no cérebro (o chamado hormônio do prazer) e contribui para fazer “agradinho” para a mulher com TPM, deixando tudo mais lindo e na bandeira da paz!
Enfim, muito jogo de cintura conta nesse momento, além de conhecer o outro (a mulher com TPM) pode ser vital para saber o limiar de cada coisa nesse período. É claro que mulher não é tudo igual como parece e que mesmo sabendo-se de forma geral como lidar com isso, sempre prevalecerá as particularidades de cada uma. O intuito aqui foi apenas sinalizar alguns caminhos que podem ajudar.

Procedimentos e Frases para sobrevivência a uma Mulher com TPM

PERIGOSO: O que tem pro jantar??
SEGURO: Posso te ajudar com o jantar??
SEGUR??SSIMO: Onde você quer ir pra jantar??
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.?

PERIGOSO: Você vai vestir ISSO??
SEGURO: Nossa, você fica bem de marrom!?
SEGUR??SSIMO: Uau! Tá uma gata!?
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.?

PERIGOSO: Tá nervosa por quê??
SEGURO: Será que não estamos exagerando??
SEGUR??SSIMO: Vem, deixa eu te fazer um carinho…?
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.?

PERIGOSO: Será que você devia comer isso??
SEGURO: Sabe, ainda tem bastante maçã.?
SEGUR??SSIMO: Quer um copo de vinho pra acompanhar??
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.?

PERIGOSO: O que você fez o dia todo??
SEGURO: Espero que você não tenha trabalhado demais hoje.?
SEGUR??SSIMO: Adoro quando você usa esse robe!?
ULTRA-SEGURO: Come mais um pouco de chocolate.


Como perder um homem com nove erros de maquiagem

Ficar com os dentes sujos de batom e errar a cor da base são deslizes comuns

As mulheres usam maquiagem por inúmeros motivos: ficar mais bonita, melhorar a autoestima, impressionar ou simplesmente por que gostam. Mas nem sempre causam o melhor impacto aos olhos do amado ou de um pretendente. Na ânsia de parecer perfeita, muitas erram feio, destruindo o make - e o encontro! Reunimos os nove erros mais cometidos por elas e conversamos com o maquiador Alexandre Krisek, que nos deu dicas de como evitar esses transtornos!

1º: Olhos "anos 80"
Maquiagem dos olhos bem exagerada, com uma sombra bem marcada de cores vibrantes e quase até a sobrancelha te faz lembrar dos anos 80? Pois bem, melhor guardar o seu estojinho de sombras coloridíssimas para outra ocasião mais festiva.  
Sombra anos 80 - Foto Getty Images
Nada melhor do que denotar modernidade e sofisticação. "Por isso cuide para que sua maquiagem fique bem esfumada, sem manchas ou marcas", diz.

A escolha da cor da sombra depende muito do feito que você quer dar a seus olhos. Quem tem olhos muito pequenos e quer aumentá-los deve escolher uma cor clara para o côncavo e escura para fora.

Se, ao contrário, você quer deixar seus olhos menores, use os tons de marrom, que fica bem suave. Em uma produção para noite, pode se fazer bem preto, sempre passando o lápis dentro do olho.

Para olhos muito juntos, a dica é passar um tom clarinho na parte interior da pálpebra e esfumar a parte de fora com um tom mais escuro. Para olhos separados, opte por uma sombra de tonalidade escura em toda pálpebra.  
lábios grudentos - Foto Getty Images
2º: Base de cor diferente
Rosto com uma camada muito espessa de base, o chamado reboco, ou a diferença da cor entre o rosto e o pescoço, a chamada máscara, é para assustar mesmo. Super bronzeada ou pálida igual fantasma, não importa a impressão ruim, a cobertura da pele deve estar o mais natural possível.

A dica e diz que para não errar na escolha da cor da base, faça um teste aplicando uma pequena quantidade do produto na maçã do rosto. "Se ficar invisível, aposte no tom escolhido". Outra dica é o tipo da base: opte pela versão oil-free, livre de óleo, para evitar a aparência de pele oleosa.

3º: Lábios grudentos
Nem o moço mais apaixonado do mundo é capaz de relevar uma boca melecada. O gloss foi feito para dar brilho, apenas, não para ficar escorrendo e grudando, o melhor é optar por um produto fino e leve, aplicado em pouca quantidade. 
Blush Palhaço - Foto Getty Images
4º: Dente sujo de batom
Ainda mais quando o batom é de uma cor forte, como vermelho, vinho ou marrom, por exemplo. O truque é redobrar a atenção e sempre, sempre conferir no espelho quando for passar o batom. "Vale a pena também 'limpar' os dentes com um lenço de papel ou com os dedos limpos", afirma Alexandre.

5º: Blush estilo "palhaço"

O blush serve para conferir uma aparência mais saudável e iluminada. Mas é importante aplicar do jeito certo. Fazer o estilo palhacinha, com dois círculos marcados nas bochechas, vai detonar o visual.

O ideal é esfumar bem o produto com auxílio de um pincel específico para essa finalidade. Faça movimentos ascendentes indo das maçãs do rosto em direção as têmporas. "Cuide para não deixar muito escuro ou manchado. Se quiser um look com cara de praia, troque o blush por um pó de efeito bronzeador". 
Rímel - Foto Getty Images
6º: "Cara de reboco"
Exagerar na base, corretivo e pó é um erro comum. Na ânsia de corrigir todas as possíveis imperfeições, muitas mulheres acabam exagerando nesses produtos. O resultado é uma pele empelotada, com cara de massa corrida mesmo.

A base líquida é a mais leve e não deixa o rosto com um aspecto pesado. "Aplique o pó compacto com pincel para não deixar a maquiagem espessa e nem carregada", diz.

7º: Exagerar no rímel

Vale a pena aplicar várias camadas de máscara para cílios para dar mais impacto ao visual, desde que você tome cuidado para que não fique com a cara de Emília. Os cílios grudados uns nos outros fazem voe perder toda a força do olhar.

Cílios cheios de bolinha do rímel também afasta de perto qualquer pretendente. Fora que você ainda corre o risco de sofrer com as pálpebras borradas no fim do encontro, no maior estilo panda. que, se o que você quer é um cílio longo e bem definido, prefira sempre uma máscara alongadora, que deixará o efeito desejado e usando uma quantidade menor do produto. 
Batom - Foto Getty Images
8º: Super lábios
Muitas mulheres querem aparentar ter a boca maior e acabam usando lápis labial fora do contorno dos lábios, ou mesmo desenhando "lábios novos" com batom. A chance de isso dar muito errado é gigante e todo mundo percebe que você "borrou" a produção.

Para parecer que tem lábios maiores, experimente usar o lápis labial no contorno dos lábios, não fora deles. E cuide para o lápis ser do mesmo tom do seu batom. Passar um pouco de gloss no centro da boca para dar volume também ajuda. Outra alternativa são os produtos com efeito pump, que tem essa função.

9º: Sobrancelhas

 Sobrancelhas arredondadas denotam muita descontração e alegria, por isso alguns homens podem não levar a mulher muito a sério. Já as sobrancelhas caídas aparentam uma expressão mais triste. E você precisa estar radiante no seu encontro, não? 

Sobrancelhas mais escuras que o cabelo também ficam estranhas e carregam o visual. Até envelhece. Afinal, não dá pra ser loira e ter a sobrancelha preta,mas cuidado com o clareamento excessivo.
Um profissional pode orienta-la.
Se você descolore os cabelos aproveite para descolorir um pouco a sobrancelha também, para não ficar tão  destoante.

Acupuntura ajuda a acabar com as rugas

Além de aumentar o bem-estar, ela combate a acne e as linhas de expressão



A procura pela beleza e rejuvenescimento tem sido cada vez mais comum. Diversos métodos são lançados diariamente e muitos deles deixam o rosto deformado e sem expressão. Por isso, cresce também a demanda por métodos naturais para evitar rugas, linhas de expressão e flacidez da pele.

Um dos procedimentos mais divulgados atualmente é a acupuntura na estética facial. Ela tem como objetivo melhorar a oxigenação, a circulação local, o metabolismo, a sustentação da pele, trabalhar os músculos faciais e diminuir a acne e excesso de oleosidade. Esse tratamento não é novidade, já que as imperatrizes das diversas dinastias da Antiga China já usavam esse método para aliviar as marcas de expressão.  
Na acupuntura, a face é uma das principais partes do corpo a serem avaliadas, porque é nela que podemos descobrir os desequilíbrios energéticos em determinadas partes do corpo. Assim, tratando o rosto, estamos também cuidando do físico, do emocional e recarregando as energias.

Fatores externos (alterações climáticas), fatores internos (alterações emocionais e psicológicas) e os fatores constitucionais (genéticos), podem influenciar no desequilíbrio energético estimulando assim o surgimento precoce de rugas e linhas de expressão. E para aqueles que morrem de medo de agulha, atualmente muitas clínicas utilizam eletrodos que são colocados nos mesmos pontos que no método tradicional. 
"É possivel rejuvenescer até 10 anos com esse método, e os resultados aparecem desde a primeira sessão"
O tratamento deve ser realizado uma vez por semana com duração de uma hora. O número de sessões vai depender da avaliação da acupunturista, e varia de acordo com a idade, sexo e estilo de vida do paciente. É possivel rejuvenescer até 10 anos com esse método, e os resultados aparecem desde a primeira sessão. Depois de realizadas algumas consultas o cliente volta de tempos em tempos para manuteção. O tratamento também é recomendado como um procedimento preeventivo para linhas de expressão. 
Primeiro é realizado uma higienização na pele com demaquilante para retirar o excesso de oleosidade, maquiagem e impurezas de pele. Depois disso, uma loção tônica é passada com algoodão em toda face para terminar a higienização. Logo após a limpeza, são colocadas agulhas ou eletrodos ligados a um eletroestimulador no nas extremidades de cada ruga, potencializando assim o efeito rejuvenescedor no local. Depois de 25 minutos são retiradas as agulhas e é realizada uma drenagem linfática facial manual. 
Benefícios
- Não tem efeitos colaterais;
- Promove o equilíbrio geral do organismo;
- Melhora da circulação linfática, sanguínea e energética;
- Diminui rugas e linhas de expressão;
- Diminui acne e excesso de oleosidade;
- Melhora o tônus;
- Traz bem estar físico e mental;
- Deixa a pele com mais brilho e viço;
- Não altera a expressão facial;
- Resultado duradouro.


O valor da sessão pode variar de R$80,00 a R$150,00. Pessoas que usam marca passo, tenham tendência a formar quelóide e que tem feridas onde seria aplicado o tratamento, devem informar o acupunturista antes do começo das sessões, já que essas caraterísticas podem causar complicações ao paciente. 

 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ALGUNS PASSOS PARA A FELICIDADE

SEJA OTIMISTA
Encare a vida de modo positivo, e você se surpreenderá, sentindo-se feliz e cheio de energia. Lembre-se: todo mundo gosta de pessoas “para cima” e que transmitem otimismo.


FAÇA PLANOS
Veja a vida como um todo e não deixe que pequenos reveses o desanime. Tente sempre alcançar seus objetivos, sejam eles se tornar presidente, pagar as dívidas ou ter um casamento duradouro. Você encontrará obstáculos no caminho; mantenha o foco na recompensa e evite se aborrecer por pequenos problemas.

TENHA GRATIDÃO
Mostre às pessoas que você gosta delas. Agradeça um colega pela ajuda. Parabenize outro pelo sucesso atingido. Seja educado com o garçom que lhe traz o café da manhã.
Dê algumas moedas para aquele morador de rua que você sempre vê.
E agradeça por ter uma vida feliz.

APROVEITE A VIDA
Arrume um tempo para você e para as coisas que gosta de fazer, lave seu carro; faça planos, faça pequenos consertos pela casa, assista à televisão; veja um show. Faça de você uma prioridade e faça o que você gosta.
Presenteie-se de vez em quando.

MUDE SUA ROTINA
Alterar sua rotina lhe trará novas energias. Tenha uma clara divisão entre trabalho e tempo livre, e deixe espaço para atividades divertidas e momentos de reflexão.

MANTENHA CONTATO COM AS PESSOAS
Lembre-se de como você se sentiu quando recebeu uma ligação inesperada de um velho amigo? Envie um e-mail para alguém ou ligue para amigos e parentes para simplesmente dizer “oi”.

SEJA CRIATIVO
Encontre uma atividade na qual você possa extravasar sua criatividade. Pode ser construir ou reformar, desenhar ou pintar, escrever, e até mesmo fazer jardinagem. Não importa se você está ocupado ou sinta preguiça ao fim da semana; se reservar um tempo para atividades criativas você será mais feliz e mais saudável.


ENCONTRE UM AMOR
Compartilhar experiências com alguém que você ame vai aumentar – e muito – sua felicidade. Amor incondicional vai fazer você se sentir seguro e alegre.

CONVERSE COM ALGUÉM
Tenha um melhor amigo com quem você possa conversar sobre qualquer assunto. Ele não vai te julgar ou tentar resolver seus problemas. Ele o escutará porque ele sabe que você fará o mesmo por ele.

PERDOE
Talvez seja hora de perdoar alguém (ou você mesmo) por algo que foi feito ou dito. Se outra pessoa foi promovida ao invés de você, ou se você perdeu seu emprego por causa de uma reestruturação empresarial, reconheça que você não pode voltar atrás. Simplesmente aceite. Recupere o controle sobre a sua felicidade deixando para trás antigas mágoas.

SONHE
Escreva seus sonhos e, aos poucos, realize-os. Você terá novos objetivos, nos quais focalizará suas energias.

SEJA FELIZ
Enfim, faça com que o ambiente em que você vive ofereça oportunidades para reconhecer e aproveitar os aspectos positivos e os bons momentos da vida.
Se esforce para ser feliz.


Poesia Felicidade

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
  Fernando Pessoa

Wagner Moura:na Rolling Stone

   


Do alto de seu jeito de garoto, ele é um dos grandes atores brasileiros de todos os tempos e o mais popular de sua geração. Com a farda preta do Capitão Nascimento, deu vida ao maior anti-herói do nosso cinema. Agora, Wagner Moura se prepara para mais uma vez, ser o alvo do público e da crítica em Tropa de Elite 2

Capa Wagner Moura

ELE NÃO É FOFO?



Wagner Moura aperta o play. Na pequena tela do celular a imagem é escura. Mas dá para ver um astronauta abrindo o portão e entrando em uma casa. É noite. Ele deve estar rindo por dentro do capacete redondo que faz parte do traje prateado. Igual àqueles que a gente vê no cinema. A força gravitacional da Terra não apresenta empecilho, mas o astronauta caminha pelo jardim como se estivesse na Lua. "Bem, tem uma visita aqui para você, venha ver!", avisa a mãe. O garoto, um tanto desconfiado, aparece na cozinha, vai até a sala e dá de cara com o estranho. Não há susto nem choro, mas a reação é imediata: empunhando duas espadas de plástico, Bem, um pequeno príncipe de 4 anos, vira um gigante e vai para cima do suposto invasor. E dá-lhe espadadas. O garoto é corajoso. Provavelmente ele está somente brincando. Mas, talvez, na cabecinha em formação de Bem, ele esteja defendendo a casa, a mãe e o irmão de uma invasão extraterrestre - o pai não está, então ele é o homem da família naquele momento. Percebendo que seus golpes não têm resultado, se esquiva e recua, sendo perseguido pelo inimigo. Até que é agarrado. Com as mãos envoltas por grossas luvas, o astronauta leva o menino até o colo e levanta a viseira espelhada do capacete revelando sua identidade. O rosto de Wagner Maniçoba de Moura é mais do que familiar a Bem. Pai e filho sorriem e então se abraçam. A conversa que se segue entre os dois é difícil de ser ouvida no vídeo gravado pelo aparelho de Wagner na noite anterior, a última diária de filmagem de O Homem do Futuro "uma comédia doida, com ficção científica, do Claudio Torres". Com o N95 preto na mão, no estúdio onde em minutos aconteceria uma sessão de fotos, o ator se derrama em orgulho. "Ser pai é um barato muito grande, né, cara? Não dá nem pra explicar."
A culpa pode ser atribuída ao Capitão Roberto Nascimento, o personagem principal de Tropa de Elite, maior fenômeno pop do cinema nacional dos nossos tempos. Ou a Olavo Novaes, vilão global querido pela audiência que protagonizou, na novela Paraíso Tropical, cenas das mais tórridas com a prostituta vivida por Camila Pitanga no horário nobre. Ou simplesmente ao ator que os interpretou. Pode ser o jeito pacato e meio largado, a cara de bom moço e o sorriso agradável e sincero. Ou ainda o entusiasmo latente que parece transbordar junto com as palavras cada vez que ele fala do que fez, está fazendo ou fará - o mesmo entusiasmo que ele tanto preza e tem medo de perder: " Nunca tive medo de envelhecer, mas não quero perder um entusiasmo e uma inconsequência de garoto que são tão caros ao meu trabalho". Seja qual for a razão, não seria exagero afirmar que Wagner Moura é o mais interessante, senão o melhor ator masculino de sua geração. Ainda que sejamos bem servidos de jovens contundentes nos nossos palcos, televisores e cinemas, nenhum deles é tão popular e desperta tanta curiosidade quanto o soteropolitano de fala mansa, nascido há 34 anos, filho do sargento da aeronáutica Seu José Moura e da dona de casa Dona Alderiva, irmão da pediatra Lidiane, formado em jornalismo, perdidamente apaixonado pelo teatro e pela família, torcedor do Vitória da Bahia, simpatizante do governo Lula - pero no mucho -, eleitor de Marina Silva e que escolheu o Rio de Janeiro como morada desde 2000. Ao mesmo tempo que o ator (e não os personagens que incorpora) e o homem que ele é são "a mesma pessoa jurídica", em uma simbiose natural de quem parece ter nascido para fazer o que faz, é nítida a impressão de que Wagner é um ser desprovido da habitual máscara, do "sorriso para imprensa" que colegas da vida artística costumam apresentar aos desconhecidos interessados em seus segredos.

Ele não deve, não teme e mantém, preservadas na superfície, as respostas que se mostrariam mais reveladoras sobre sua vida pessoal. Não é raro ouvi-lo responder: "Não poderia te dar uma resposta sincera sem entrar demais na minha privacidade ou na de minha família". No caso de Wagner Moura, o que mais interessa é o que se vê e ouve. E também o que se intui. Se ele está fazendo o gente fina, o desencanado, o verdadeiro, coisa que minha intuição duvida, restaria concluir apenas que ele é muito bom nisso.


Assista abaixo ao making of das fotos com Wagner Moura
:


Enquanto o carro que nos conduz até a casa do ator cruza o Rio de Janeiro em direção à Zona Sul, em uma tarde de quarta-feira de setembro, debaixo de sol, Wagner fala sobre seu projeto pessoal da vez. "É um filme de memórias, um fluxo de imagens que vão reproduzindo a memória desse cara que sou eu sobre a cidade dos meus pais, Rodelas, que foi inundada em 1988 por causa da construção de uma barragem. Eu tinha 11 pra 12 anos." Convidado pelo mais brasileiro dos estilistas, o mineiro Ronaldo Fraga, a participar de uma exposição sobre o rio São Francisco, o ator está revisitando memórias em forma de velhas imagens, fotos, documentos e qualquer material daquela época para montar o filme de cinco minutos que será exibido ininterruptamente no local do evento. "Lembro-me pouco do que fiz dias atrás, mas me lembro muito da minha infância. E me lembro bem de Rodelas, porque a gente sempre passava as férias lá e depois morou lá. E eu estava lá no momento da mudança, quando construíram uma cidade chamada Nova Rodelas e mudaram todo mundo pra lá. Foi uma experiência antropológica extraordinária. Todas as relações culturais e sociais com o lugar se perderam com a água. Teve muita gente que morreu deprimida, alcoólatra."


Para Wagner, o mergulho no passado inundado vale como exercício de memória, como tentativa de estabelecer uma conexão ainda maior entre seu pai e seus filhos. Mas não há disposição para reviver fisicamente tais lembranças ou promover o reencontro com o sertão que, com a devida licença poética, virou mar. "Tem muito mais de dez anos que eu não volto à cidade, talvez porque pra mim o melhor seja ficar com a lembrança. Muitos amigos da minha geração vazaram para outros lugares. E, mesmo que a cidade não tivesse sido inundada, a vida lá seria outra hoje. O artista que eu me tornei tem muito a ver com aquela infância que eu tive. Legal a oportunidade que Ronaldo me deu de bulir com isso."


O ano de 2007 foi o "ano Wagner Moura", com o ator surfando a maior e mais popular onda de sua vida até então ao lado de dois memoráveis personagens - o Capitão Nascimento e o vilão Olavo. Mas ele não vê dessa maneira. "Apesar de ter sido o ano em que me tornei um ator popular de fato, muito conhecido por causa de dois trabalhos muito populares que aconteceram meio que em paralelo, não consigo ver aquele ano dessa forma tão determinante", diz. "Eu ouvia muito essa pergunta na época: 'Este é o seu ano?' e tal. Tinha consciência disso, mas não conseguia mesmo enxergar dessa maneira. Como artista, o processo de fazer
Hamlet em 2008, dizer aquelas palavras, juntar aquelas pessoas todas no teatro e fazer Shakespeare no Brasil, foi uma coisa que me impactou mais."

Agora, este resto de 2010, ano em que ele já lançou o primeiro e talvez único disco 100% independente de sua banda bissexta de brit brega, Sua Mãe (
The Very Best of the Greatest Hits), tem tudo para repetir o feito. Desta vez com foco centrado apenas no cinema e em um único filme, a sequência mais esperada da cinematografia nacional. Comandante-Geral do Batalhão de Operações Policiais Especiais e depois Subsecretário de Inteligência, dez anos mais velho, o narrador Nascimento volta em Tropa de Elite 2 para preencher as lacunas que o primeiro filme deixou em branco: a quem o BOPE e as máquinas de intervenção e repressão servem verdadeiramente quando sobem nos morros e deixam corpos de bandidos no chão? O que é o verdadeiro crime organizado? Como se dá a relação imunda entre corrupção policial e política? Qual a verdadeira influência do Estado na configuração das políticas de segurança pública de uma cidade como o Rio de Janeiro? E, principalmente, o que acontece com um guerreiro urbano da mais brutal força da lei no país conforme ele vai envelhecendo e passando a entender sua verdadeira posição em um jogo que envolve, mais que boas intenções, interesses escusos? Enquanto esta edição é finalizada, o site oficial da produção indica na contagem regressiva que faltam sete dias, 22 horas e alguns minutos para o lançamento do filme. Mas Wagner entrega pouco: "Na secretaria de segurança, Nascimento começa a entender de fato que talvez ele tenha dedicado a vida inteira a uma causa diferente da qual ele achava que defendia. O cara acha que está servindo ao povo, mas está servindo ao Estado, que são coisas bem diferentes, porque, historicamente no Brasil, o Estado, de um modo geral, serve aos interesses escrotos de quem está ali [no poder]." E completa: "Nascimento é o clássico personagem da tragédia grega, ele caminha inexoravelmente para um final trágico".

Aplaudido pela direita mais retrógrada, odiado pela esquerda mais embolorada, discutido e analisado à exaustão - ainda que, raramente, como produto de entretimento com forte inclinação político-social. Mais do que tudo isso, adorado por quem gosta de cinema no Brasil e ainda tem esperança de ver nossa cinematografia inserida entre as mais importantes do mundo. Já se vão quatro anos desde que uma cópia de
Tropa de Elite, o filme mais importante de Wagner Moura e do diretor José Padilha até o presente momento, foi furtada de um estúdio de legendagem e chegou às ruas de todo o país em versão pirata, antecipando o lançamento oficial nos cinemas. Assistido por 2,6 milhões de pessoas nas salas de exibição, a produção do filme calcula que mais de 11 milhões o viram na informalidade, um jeito eufemista de dizer que a pirataria, mesmo que tenha divulgado massivamente a obra, quebrou suas pernas com requintes de crueldade, lesando-a em alguns milhões de pagantes a menos nas bilheterias nacionais. Consequentemente, transformou em areia alguns milhões de reais, que passaram ao largo dos bolsos de quem era de direito. Incluindo, provavelmente, o protagonista, espécie de marido traído, um dos últimos envolvidos a saber do ocorrido. "Foi um camareiro da Globo que me falou que o filme estava sendo vendido na rua", conta Wagner, que na época interpretava Olavo da novela Paraíso Tropical. "Ele me disse: 'Porra, vi aquele teu filme da polícia!' E eu: 'Que filme, cara, tá de sacanagem?' Ele respondeu: 'Tá vendendo direto aí na rua, vou trazer pra você ver'. Ele trouxe uma cópia pra mim no dia seguinte e quando cheguei em casa vi que era o Tropa. Fiquei perplexo. Liguei pro Zé e ele estava transtornado, puto, logo ele que é um cara que controla tudo. E ainda mais neguinho dizendo na época que ele que tinha vazado o filme." A despeito do enorme potencial de bilheteria, pode ser que realmente Tropa de Elite tenha se tornado fenômeno de massa por causa do comércio ilegal de DVDs, mas a certeza é uma só: "Nunca saberemos o que teria acontecido com o Tropa se não tivesse rolado aquela parada da pirataria", dispara Wagner, certeiro, como se parafraseasse um dos bordões disseminados pelo filme - "Nunca serão!"

No trajeto de carro, Wagner Moura conta que agora se prepara para uma maratona escorchante de entrevistas, debates e mesas de discussão sobre
Tropa de Elite 2. Em um mundo cujo pensamento e a intenção dos criadores servem de muletas para uma imprensa preguiçosa, e plateias pouco dadas à autorreflexão preferem o pão mastigado a ter de mastigá-lo, obras de arte e/ou entretenimento não falam por si próprias. Explicá-las, desmistificá-las, torná-las mais digeríveis faz parte do jogo, da venda do produto.

Defender um filme como
Tropa de Elite exige mais do que noções cinematográficas ou conhecimento dos meandros pelos quais se constrói um bom roteiro ou grandes cenas. É preciso ter consciência sociopolítica e firmeza nas posições assumidas. Assim é com José Padilha que, segundo Wagner, "é um cara sagaz que mudou a relação das pessoas com o filme no festival de Berlim durante as entrevistas". E é assim também com o protagonista, um ser político desde que se entende por gente. A poucos dias das eleições, e sem a capacidade de prever o futuro em uma disputa de escândalos, mudanças e brigas de galo entre o atual presidente e a grande mídia, o ator declara o voto na senadora Marina Silva. "Vejo nela um discurso muito lúcido, muito honesto, e uma disponibilidade de caráter para conversar com PT, PSDB ou quem quer que seja para buscar as soluções e o consenso. É a única que pensa em desenvolvimento sustentável como algo fundamental."

E, apesar de votar em Fernando Gabeira para governador do Rio de Janeiro e ter feito campanha para ele nas eleições para a prefeitura da cidade, diz ser difícil de engolir a chamada "coligação da esperança" formada por PV, PSDB, DEM e PPS. "Continuo achando que Gabeira é um puta cara, mas fiquei bastante decepcionado com aquela história das passagens aéreas, de a filha viajar pro Havaí com passagens do governo."


Para deputado federal, acredita que o professor baiano, ex-colega de faculdade, que carrega o carimbo de anex- BBB, Jean Willys, candidato pelo PSOL, é o melhor nome. "Porque tá faltando na política seres humanos legais que representem uma geração e um modo de pensar. Quanto mais gente legal se interessar por política, pior vai ficar para os políticos escrotos."


Mesmo com Lula "beijando a mão de Jader Barbalho, José Sarney" e Fernando Collor, e "não priorizando a defesa e o respeito aos direitos humanos como cerne do desenvolvimento" e elegendo a "governabilidade, essa palavra maldita, como sustentáculo", ele ainda se declara um entusiasta deste governo Luiz Inácio. "Simplesmente porque vejo nele um governo que combateu o óbvio: a desigualdade social. Diminuiu a diferença entre quem tem muito e quem tem pouco. Mas é evidente que o PT tem um projeto de poder e não de governo. Isso fica claro pela forma como o partido aparelhou o Estado e distribuiu cargos importantes por merecimento político e não técnico."


Saindo de uma tradicional e movimentada avenida na capital carioca, chegamos a um bairro residencial silencioso, de belas casas antigas, sem aparente ostentação e com muitas árvores. Óculos escuros, camiseta do Lou Reed - "Foi a San quem me deu" -, calça jeans, tênis Osklen e mochila nas costas, Wagner entra em casa, ampla, agradabilíssima, toda aberta e sem paredes, cercada por portas de vidro. E sem quaisquer grades, como deveriam ser todas as residências no mundo saudosista que ele tem na cabeça. Pede que eu o acompanhe até o andar de cima, onde encontra a esposa, Sandra, a San, no quarto do filho mais novo, Salvador, de apenas 2 meses. O bebê está acordado e os olhos que estão descobrindo o mundo até parecem atentos à chegada do pai. "Você lavou as mãos, Wag?", Sandra pergunta com a voz serena quando ele pega o pequeno no colo e lhe dá um beijo seco na testa. "Lavei não, mas é rapidinho", e o coloca de volta ao berço, saindo do quarto. No closet do casal, ao lado, ele abre o armário branco de onde retira uma haste de madeira com um gancho na ponta e puxa com ela uma pequena porta no teto. Uma escada articulada se forma e ele sobe ao sótão. "Meu cafofo", diz, pedindo que eu o siga novamente. "Esse é um canto meu na casa. É necessário. Para manter a sanidade."


Localizado confortavelmente entre o teto do andar de cima e o telhado da casa, está um escritório de iluminação natural, composto por um futon azul, um violão, um banco de alvenaria e madeira, e uma mesa de vidro com cadeira e livros de artes. O sótão é um forno. Ele aciona o ar-condicionado em 22 graus Celsius. "Vem dar uma espiada aqui fora", e abre uma porta que dá na laje. Visto de cima, o bairro é ainda mais calmo. É fácil entender por que ele prefere não sair de casa. O ar é puro, há verde por todos os lados e a avenida movimentada parece estar a quilômetros de distância. Nem um homem martelando algo no telhado à frente atrapalha o clima de cidade do interior ou o canto dos passarinhos e das cigarras. "Aqui é uma rua em que se exercita muito a coisa da vizinhança. Naquela casa ali mora o Angelo Paes Leme. A gente se vê toda hora. O pessoal da rua faz festa junina, as crianças brincam aí na boa. É muito astral", ele diz. É tanta tranquilidade que parece até um cenário de novela das 6 no Projac em dia de folga ou a materialização de uma poesia bucólica. "O Rio tem essa porra, né, cara, que você olha pra ali" - aponta para a frente - "e tem o Pão de Açúcar. E tem aquele cara ali" - aponta para trás e vejo o Cristo Redentor no alto - "de braços abertos lá em cima, e essa coisa verde toda" - completa olhando ao redor. "Eu queria botar aqui umas lacas de energia solar, porque consegui fazer um reaproveitamento de água de chuva muito legal e queria que a casa meio que funcionasse numa batida ecológica Mas não deu, porque o telhado aqui não tá numa posição boa para receber sol", lamenta. "O martelo tá te incomodando? Vamos sair daqui e conversar lá dentro."


O ar-condicionado ecológico deixa ameno o clima do sótão. Wagner me oferece a única cadeira do seu canto particular e se senta no banco. "Fiz isso aqui para os momentos em que quero ficar na minha, só", diz. E se justifica quando falamos sobre drogas: "Existe na humanidade uma vontade atávica de sair do centro, de sair dos eixos. Uns caem na balada, na loucura; outros têm um quartinho em cima de casa. Faz parte da caminhada de cada um. Tem uma coisa fundamental que é o livre arbítrio de as pessoas disporem de seus corpos e mentes da maneira que acharem melhor, que se sentirem mais à vontade."


Se há algum lugar neste mundo em que Wagner Moura se sente completamente à vontade, além de sua própria casa e seu quartinho no telhado, esse lugar é o palco de um teatro. Qualquer teatro. Suas raízes como ator estão profundamente fincadas num tablado, nas viagens mais intensas, nos sonhos mais alucinados e nos voos mais altos que, para ele, somente o teatro pode abraçar. "Minha formação como ator começa no teatro. Eu não conseguia conceber que um ator se iniciasse na profissão de alguma outra maneira que não no teatro." A predileção óbvia pelo palco às câmeras se justifica no exercício da atuação. "Teatro sem ator não existe. Deu o terceiro sinal e é você com aquela plateia ali, não tem mais diretor, não tem ninguém. O ator é o protagonista. É uma arte bastante complexa e difícil de dominar. Sem diminuir, mas no cinema é mais fácil. Na televisão é outra parada. Mas também acho muito bonito ver o ator fluindo por aquele estúdio todo do Projac, jogando de uma forma harmônica com aquela equipe toda de uma novela ou de um filme."


Ao falar do seu
Hamlet, dirigido por Aderbal Freire Filho, sucesso de público e de relação conturbada com parte da crítica dita especializada e a mega-chatice erudita, Wagner deixa escapar uma centelha de ex-citação de garoto. "Eu queria fazer uma peça popular, como era em 1600 quando Shakespeare fazia. Era pra galera, não era essa parada careta dos intelectuais e críticos de teatro e literatura, que ficam dizendo que 'Hamlet tem de ser assim, tal cena tem de ser assado'. Não tenho paciência nenhuma pra isso. Essa porra, meu irmão, é popular!"

Antes que ele se inflame mais, Sandra aparece na entrada do sótão. "Olhe aqui", ela diz, "chegou o seu celular novo!", e lhe entrega um iPhone 4. "Porra, que legal!", ele se alegra, para no segundo seguinte demonstrar preocupação: "Eu sou um analfabeto tecnológico, comprei um iPad e mal sei usar. Será que eu vou aprender a mexer nesse negócio?" A esposa avisa que vai com a babá e Salvador para uma reunião de pais na escola de Bem, ali ao lado. "Então vamos descer, cara. Quer um café?"


Nem todo ator quer ser diretor, mas Wagner Moura quer. Ele acredita que sua experiência na área, principalmente agora que também atuou como produtor em
Tropa de Elite 2, o capacita para a missão. "Eu tive no processo todo do filme uma presença que eu não tinha antes e curti muito. Fico a fim de caminhar nesse trilho aí." Apesar de ter na cabeça um argumento para uma ficção em que pretende atuar e dirigir, prefere não falar sobre "por ser ainda muito embrionário". "No final do ano agora eu quero ir pro meu apartamento na Bahia, ficar escrevendo, e sair de lá em março com um argumento bastante encaminhado ou até o primeiro tratamento desse roteiro. Eu não teria por que fazê-lo se não fosse algo muito pessoal. Existe uma vontade muito grande de dizer algo que eu não tenho mais como dizer enquanto ator." Depois de Hamlet, Wagner foi se agendando e agora tem compromissos até o meio de 2011. "Filmo com o Luciano Moura um drama familiar muito legal. Depois tem um projeto sobre Serra Pelada com o Heitor Dhalia e a Tatiana Quintella."

Apesar dos quase 15 anos de carreira e quase 20 filmes, Wagner não tem uma cópia em DVD - oficial, claro - de
Tropa de Elite, nem de vários dos filmes em que trabalhou. "Não tenho quase nenhum. Eu vejo na loja, mas tenho vergonha de comprar. Vão dizer: 'Olha lá, o cara comprando os próprios filmes!' Parece triste. Outro dia passou Deus É Brasileiro na televisão e eu gostei muito de rever, não via desde que foi lançado. Acabei indo dormir às 4h da manhã porque não conseguia parar de assistir."

E Deus é realmente brasileiro? O filho de pais espíritas, que foi coroinha de igreja quando garoto, teve passagens pelo candomblé e admira os rituais de todas as religiões que conhece, acredita que Deus somos nós no domínio pleno de nosso potencial cerebral. "Não compro todo o papo do Deus cristão, e onda toda dos testamentos não faz sentido pra mim. Mas não tem como não acreditar em Jesus, que um cara fodão que andou ali pela Galileia e descobriu uma coisa genial. Naquela época, o cara fodão era o da espada e Jesus foi La e disse: 'Brither, a parada é o amor, é o papo, é a gente se gostar'. E botou pra foder! Mas ai aquele papo de cruz, ressurreição e tal... é muito difícil pra mim."


Quando diz que não acredita em Deus, e que o que chama de "busca que resulta na minha inquietação metafísica" o levou à ciência, Wagner não quer dizer que sua existência esteja desprovida do sagrado. "Acredito no metafísico, nas coisas que a gente não enxerga com nossa visão limitada. No teatro, tem às vezes uma hora em que uma fagulha te faz sentir em comunicação com algo que você não sabe o que é direito. É algo inexplicável. O palco é um templo. Acho que o ritual das religiões tem muito a ver com o rito do teatro. Aquela repetição toda me parece uma tentativa de entender alguma coisa que, talvez, em última instancia, seja esse Deus".

Mas, se você quiser mesmo falar sobre religião com Wagner Moura, invoque o exu branco e torto Thom Yorke. "Eu sou da religião do Radiohead, de uma forma bastante praticante. No show aqui no Rio eu estava fazendo Hamlet e cheguei a tempo de pegar as quatro últimas músicas. Mesmo assim foi o melhor show da minha vida. No mundo da arte hoje em dia nada me encanta mais que o Radiohead. Gosto muito do rock inglês. Para mim, a maior banda de todos os tempos foi The Smiths." Na sala da casa, ele procura nas bagunçadas gavetas de CDs uma caixa com todos os singles da carreira solo do cantor Morrissey, recém-adquirida na Amoeba Music de Los Angeles, uma das lojas de discos mais legais do mundo. "Aquilo ali é a perdição total!" No amontoado de CDs, consigo distinguir um PlayStation 2 jogado, dois OK Computer - "Pra você ver como eu gosto de Radiohead!"-, Tim, Jorge, Plant & Krauss, Cartola, Suba, Velvet, o solo de Yorke. Alguns ainda lacrados. "Ah, aqui está! Olha, cara, que caixinha mais linda essa do Morrissey. Eu ainda compro CDs, não baixo música, não baixo filme, sou um cara antigo."

A casa ganha novas cores quando Bem chega da escola, causando. O garoto tímido mal fala com o pai na frente do desconhecido. Salvador, no colo de Sandra, dorme o sono dos inocentes. "Quando ele deixar de mamar eu quero viajar com a San, deixar os meninos com a vovó na Bahia por uns dez, 15 dias e ir com ela para a Europa, namorar", diz o pai, para o qual o casamento é uma instituição moderna. "Hoje, nada obriga duas pessoas a estarem juntas como era antigamente. Não existe outra razão para você morar com uma pessoa que não seja o amor. Isso é moderníssimo cara!"


É segunda-feira, dia de Cosme e damião, uma e pouco da tarde. Nos estúdios da TV Cultura, em São Paulo, é gravado um Roda Viva, agora em novo formato comandado por Marília Gabriela. O entrevistado é Wagner Moura. A noite anterior, a primeira exibição de
VIPs no Festival Internacional de Cinema do Rio, foi intensa para o ator. O filme, dirigido por Toniko Melo, e com estréia prevista para março de 2011, é baseado no livro VIPs - Histórias Reais de um Mentiroso, de Mariana Caltabiano, sobre um farsante que, entre outras peripécias que poderiam ser consideradas geniais se não fossem nocivas, se fez passar por dono de uma companhia aérea.

Wagner foi à frente da platéia para falar do filme. "Cara, essa parte foi muito chata. Subiu todo mundo no palco, Toniko falou e me deu o microfone: 'Agora Wagner vai falar'. Fiquei sem graça pra caralho, me sentindo meio bobo. Mas foi bom ter visto o filme com o público. Só que eu queria ouvir mais opiniões, porque nas estréias as pessoas tendem a ser mais educadas." Depois de reencontrar os companheiros de elenco e "tomar uma cerveja com a galera, quando eu vi eram 4h da manhã", Wagner foi para casa. Encontrou-a sem energia elétrica. Tirou os sapatos finos, o paletó e a calça pretos, a camisa branca e se jogou na cama - não sem antes acertar o despertador do iPhone para tocar na hora de levantar, vestir exatamente a mesma roupa do domingo, ir para o Santos Dumont, pegar a ponte aérea para São Paulo.


Foram três horas de sono, mas as câmeras públicas mostram um cara disposto, de pensamento articulado e respostas prontamente engatilhadas. A simpatia dos entrevistadores ajuda. O cansaço bate forte somente quando ele põe os óculos escuros e, já no táxi de volta para o Aeroporto de Congonhas, deixa a cabeça encostar-se ao vidro da janela. O táxi flui pela avenida 23 de Maio. O telefone toca e ele demora a atender, demonstrando ainda zero grau de intimidade com o iPhone. "Acho que nunca vou ficar íntimo disto aqui."


Diferentemente Wagner Moura se enxerga como um operário a serviço dos personagens que aceita interpretar, dos diretores com quem trabalha e das histórias que escolhe viver. Ele sabe que essa profissão, apesar da fama, que ele pouco aprecia, e das oportunidades de ganhos astronômicos geralmente com a publicidade, que ele aprecia bastante - "Não acho inteligente não gostar de dinheiro, mas não vivo por ele" - não o fazem diferente de outros seres humanos. Aqueles que defendem o seu salário honestamente todos os dias. Mesmo que atores possam viver situações, reais ou fictícias, que dificilmente nós, pessoas ditas normais, viveríamos em nossas vidas ditas ordinárias. Como, por exemplo, voltar para casa depois de um expediente árduo de trabalho vestido como um astronauta. filmagem de
O Homem do Futuro, fazer uma surpresa para o filho Pediu emprestado ao figurino o que usara durante o filme e foi assim para casa. Avisou a esposa que estava chegando e que surpreenderia o garoto.

A coragem do filho ao enfrentar o intruso espacial é motivo de orgulho. O medo é um negócio que te paralisa e deixa você... Porra, tanta coisa pra viver... Então, fico tentando me policiar muito pra não ter medo. E tento ensinar o Bem a ser corajoso. Eu adorei quando entrei em casa vestido de astronauta e ele pegou as espadas para bater no astronauta. Achei maneiríssimo, cara." A infância ideal, segundo ele, saudosista, é a que ele teve, entre Rodelas e Salvador, brincando na lama, nas águas do São Francisco, na rua. "Queria proporcionar a meus filhos, de certa forma, essa infância de interior, sem grades, criar os dois soltos, sem medo. Como foi a minha infância, livre. O medo que a gente tinha era do Nego D'Água, uma assombração do rio que puxava as pessoas para baixo d'água. Eu vejo as crianças hoje muito estigmatizadas com os medos urbanos. Meus filhos têm uns amiguinhos que se assustam e choram por qualquer coisa. Tenho um pouco de dó do que podem vir a ser essas pessoas que vivem sob o regime do medo." E emenda: "Não quero morar numa porra de um condomínio fechado, rodeado de grade. Não quero andar de carro blindado, não vou entrar nessa parada! Porque eu não quero ter medo na minha vida nem no meu trabalho".


Emendo uma pergunta qualquer, em outra direção, mas Wagner está distante por trás dos óculos escuros. "Minha vida tem sido uma constante luta contra o medo" - pausa dramática - "e a calvície". Caímos na gargalhada. Digo que, pela crença popular e pelas fotos que vi de Seu Zé Moura, há alguma chance de que ele perca a batalha contra a queda de cabelos. Com o olhar perdido no cinza paulistano, ele ajeita as volumosas madeixas pretas com as mãos, como se conferisse se elas ainda lhe pertencem. "Não me diga isso, não, cara. Por favor, calvície, não."
Ricardo Franca Cruz

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CONTO DE FADAS :A NOVA PRINCESA DA INGLATERRA

SONHA MARCELINO!AI AI AI


Essa é a história da "plebéia" Catherine Elizabeth Middleton, mais conhecida como "Kate", que vem sendo amplamente divulgada na mídia. Ela vem atraindo muita curiosidade pelo mundo desde que o anúncio do seu noivado com o príncipe herdeiro do trono da Inglaterra, William. Depois de um namoro de aproximadamente oito anos, o casal faz os preparativos para a cerimônia, a ser realizada na Abadia de Westminster no dia 29 de abril.
Rumores circulam sobre o tão esperado dia, em especial sobre o vestido da noiva. A última notícia foi a suposta escolha de Sarah Burton, sucessora do mestre da moda Alexander Mcqueen, para a criação da peça.
 beleza, carisma e, principalmente, pelo estilo clássico e bem discreto que mostra em suas produções.

Sempre munida de cores neutras, cortes e modelagens mais conservadoras, a bela já demonstra um estilo real de ser, apostando principalmente em conjuntos, acessórios como os casquetes e chapéus e, para produções mais despojadas, vai de jeans e nos vestidos mais soltos.

Em ocasiões oficiais, Kate abusa dos “conjuntinhos” e dos acessórios de cabelo. Na maioria das vezes usa tons mais sóbrios, mas a jovem também arrisca em cores como o vermelho e azul.

No dia a dia, muitos jeans acompanhados de casacos, vestidos mais soltinhos, além dos acessórios que completam seus visuais.

Vestido usado na oficialização do noivado de Kate e William. Um modelo Issa, marca da estilista brasileira Daniella Helayel, nome também especulado como o responsável pelo vestido de noiva da futura princesa.




COISAS QUE VOCÊ NÃO PODIA COMPRAR ANOS 8O,AGORA PODE!!!!!

HatersandSkills, a nova loja da Augusta!

“(…) um monte de coisa que muito adolescente da década de 80 queria ter, mas não havia dinheiro para comprar e que, hoje, são preciosidades” – é assim que o produtor musical Sérgio Lopes explica o conceito de sua nova loja na r. Augusta! Ele e o artista plástico Alexandre Sesper abriram a HattersandSkills, que vende colecionáveis e raridades. Lá você vai encontrar de tudo: fitas cassetes, CDs, pôsteres (como os da 1ª banda de Dave Grohl, a Scream), a coleção completa da revista “Fiz” d’osGemeos, fanzines, camisetas dos anos 80, artigos raros em geral. A H&S também funciona como uma vitrine de divulgação do trabalho de vários artistas: Fábio Bitão, Danielone, Nei Sobral, Herbert Baglione, Felipe Yung e Thais Beltrame – só por isso já vale a visita!
Divulgação
HatersandSkills, na Galeria Ouro Velho, São Paulo

Os preços variam de R$ 10 até R$ 3.000 e a localização também é um charme: na Galeria Ouro Velho, loja 209, no Baixo Augusta (fica na r. Augusta, 1371). E atenção: só abre a partir das 13h, tá?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

IVANY SOARES :SAPATOS ,PECADO MAIS SAPATOS!!!!!!!!!!

Pesquisa mostra a relação das mulheres com os sapatos
 
A mulher e os sapatos, estudo conduzido pela Giacometti Comunicação, investigou a verdadeira relação que as brasileiras das classes A, B e C, de 18 anos a 40 anos, mantêm com os sapatos. Coordenado por Dennis Giacometti, presidente da Giacometti Comunicação, o estudo comportamental – realizado com 400 mulheres que participaram de discussões em grupo e de análises etnográficas –, revela os hábitos de consumo e o emocional que permeiam o antes (aspiracional), o durante (drivers da decisão efetiva da compra) e o depois (uso diário); ou seja, todos os ritos que envolvem a escolha do sapato.

Qual é a relação entre a mulher e os sapatos? Estudo realizado pela Giacometti Comunicação, em São Paulo, revela em detalhes a relação entre a mulher e os sapatos. “Na busca do entendimento da relação das mulheres com os sapatos, mergulhamos em um estudo com discussão em grupo e visitas etnográficas”, explica Dennis Giacometti, presidente da Giacometti Comunicação e coordenador do trabalho. “Na Giacometti, investimos no conhecimento como fonte para a inovação e nosso objetivo com esse estudo foi traçar um panorama dos diversos aspectos que envolvem os calçados femininos: uso, compra, preferência de modelos e até sentimentos que envolvem esta relação”, diz Giacometti.
A mulher e os sapatos, estudo conduzido pela Giacometti Comunicação, investigou a verdadeira relação que as brasileiras das classes A, B e C, de 18 anos a 40 anos, mantêm com os sapatos. Coordenado por Dennis Giacometti, presidente da Giacometti Comunicação, o estudo comportamental – realizado com 400 mulheres que participaram de discussões em grupo e de análises etnográficas –, revela os hábitos de consumo e o emocional que permeiam o antes (aspiracional), o durante (drivers da decisão efetiva da compra) e o depois (uso diário); ou seja, todos os ritos que envolvem a escolha do sapato.

PRINCIPAIS DESTAQUES DO ESTUDO
A MULHER E OS SAPATOS

. Chegar ao número de pares de sapato, modelos e adequação representou um desafio à conclusão do estudo; os sapatos são considerados pelas mulheres um objeto “quase-coleção”. Falar sobre a quantidade, por exemplo – especialmente entre as que escondem a verdade do marido – não é um tema tranquilo para as “consumidoras-colecionadoras”. A quantidade média de calçados (incluindo classes A, B e C) vai do mínimo de 15 ao máximo de 110 pares.

. O sapato é um componente do visual tão importante quanto a roupa. Os sapatos de salto, sobretudo, têm uma dimensão simbólica de poder, elegância e sensualidade. O salto “impõe, marca presença, emagrece, dá poder, melhora a postura, deixa elegante, é feminino, é chique, muda o visual”.

. Qual a melhor forma de escolher sapatos? A vitrine é a forma preferida: 68%, seguida pela tevê (12%) e amigas (8%). As mulheres brasileiras são “guerrilheiras” e vão a inúmeras lojas em busca de modelos que as conquistem. “Vi, me apaixonei, levei”.

. O sapato tem a preferência de compra de 44% das entrevistadas. E por que sapato? Porque “amo sapatos”, foi a resposta de 45% das entrevistadas. As mulheres das classes A e B, nas faixas etárias de 18 anos e 25 anos, e 26 anos e 40 anos, são os maiores índices – 48% cada grupo.

. Compra pela internet? Nem pensar: 75% não compram calçado pela internet. Por que? “Precisa experimentar”.

. As mulheres têm baixo índice de afinidade – ou fidelidade – às marcas de sapato. Apesar de citarem algumas marcas, poucas se demonstraram “fãs”. Como sinônimo dessa “infidelidade”, a pesquisa mostra que as mulheres estão abertas a experimentar marcas que não conhecem – desde que ofereçam uma boa qualidade. As diferenças entre marcas aparecem na variedade (gostam de ter muita opção); preço (não é condicional, caçam oportunidades); e qualidade (condição mínima para comprar um sapato). Vale ressaltar que nenhuma das entrevistadas tinha mais de três pares da mesma marca.

. Vale a pena sofrer um pouco para ficar mais bonita: 76% das entrevistadas concordam totalmente ou parcialmente com esta afirmação. Para 80% é a “ocasião social” que define a escolha do sapato. No trabalho, as mulheres da classe A quase sempre usam salto alto; as da B e C gostam de saltos, mas usam rasteiras e tênis.

. Entre as entrevistadas, 29% afirmam ter um estilo definido. O uso frequente do salto é apontado por 88% das entrevistadas, sendo que o maior índice ficou entre as mulheres com idade entre 18 anos e 25 anos – 96%. Ainda sobre o salto alto, 61% das brasileiras se sentem mais elegantes usando-os, sendo que entre as mulheres das classes A e B essa sensação é mais marcante (67%), seguidas das entrevistadas da classe C, 57%.

. Com o quê os sapatos combinam? Para 66% os sapatos devem combinar com a roupa; apenas 14% acreditam que devem ser combinados com a bolsa. A máxima de que deve-se sofrer em nome da beleza é verdadeira para 47% das entrevistadas; destaque para as das classes A e B – 50% concordam com a afirmativa.

. Quantos pares as mulheres brasileiras têm, em média? Entre as entrevistadas, 20% afirmaram que têm entre um e 15 pares. A frequência de compra é, para 31% das mulheres, de pelo menos um par por mês; 27% compram mais de dois pares e apenas 1% mais de cinco pares por mês.

. Quanto se paga, em média, por um par? A precificação é relativa e depende do tipo (se é rasteirinha, salto, etc), da marca e, sobretudo do grau de “encanto” pelo sapato (“me apaixonei”). Para 35%, entre R$ 50 e R$ 80; seguido de 26% que pagam entre R$ 81 e R$ 100. E qual é o valor máximo? Entre as entrevistadas, a maioria, 39%, afirmou que mais de R$ 190.

TENDÊNCIAS
          Entre outras tendências, a pesquisa identifica que as mulheres brasileiras passaram a adotar uma prática que as norte-americanas têm há anos – carregar um par de sapato confortável na bolsa; 42% das entrevistadas reportaram o hábito, sendo que o maior índice está entre as mulheres da classe C, com idades entre 26 anos e 40 anos (51%). Para ir ao shopping, por exemplo, as mulheres da classe A usam mais saltos altos do que baixos; entre as da B este quadro se inverte e há a inclusão do tênis. As mulheres da classe C dão preferência aos modelos rasteiros. À noite, os saltos altos imperam. As mulheres das classes A, B e C preferem sapatos ou sandálias com salto. Na classe C os saltos não são tão altos.

QUALITATIVA
. A pesquisa qualitativa aventou hipóteses a serem posteriormente comprovadas na fase quantitativa. Foram formados grupos das classes A, B e C, divididos por faixas etárias – entre 18 anos e 25 anos; e 26 anos a 40 anos – para discussões. No módulo etnográfico, a equipe da Giacometti Comunicação visitou 12 casas.
. A pesquisa qualitativa esclarece que ser bonita está relacionado com o estar bem consigo mesma em relação ao caráter, à realização pessoal e à felicidade. A maioria se considera vaidosa e faz o seu melhor, dentro das possibilidades financeiras. Em contrapartida, a pesquisa detectou que as mulheres têm uma autoestima vulnerável. O discurso primário da beleza se sustenta, sobretudo, em valores intangíveis; a máxima “ser bonita dá trabalho, mas é um ritual prazeroso” se confirmou. Por ter uma autoestima incostante, questões morais e de bem-estar estão latentes entre a mulher brasileira.
. A multiplicidade da mulher contemporânea tem impacto significativo na escolha de modelos e no padrão de beleza que associam ao sapato. As inseguranças e aspirações são comuns às classes A, B e C, assim como a percepção de que o valor do sapato não é um determinante de compra.

. O mito da princesa ainda permanece vivo no século XXI!
. Em relação à compras, as frases destacadas são:
          “O momento de lazer para mim é comprar.” (Classe A)
          “Se a compra vem de algum fator emocional, eu penso que seja para suprir alguma coisa…para se sentir mais bonita, mais desejada e para chamar a atenção do marido.” (Classe A)
          “Comprar tira o estresse, o cansaço, tira tudo!” (Classe C)
          “Quando eu tô nervosa, eu tenho que gastar. Minha sogra fala que isso é uma doença.” (Classe C)
          “É um defeito que eu tenho -quando tô nervosa, tenho que gastar e fico muito mais agitada.” (Classe C)
          “Ter roupas novas é sempre muito bom. Você até arruma algum lugar para ir.” (Classe A)
          “É aquele prazer de comprar, sair da loja cheia de sacola, se sentindo poderosa.” (Classe A)
          “Não gosto de ir comprar, mas amo o fato de sair com alguma coisa nova.” (Classe A)
          “Se eu estiver em um momento de angústia e tristeza é quando eu mais quero gastar.” (Classe B)
          “Tirando a necessidade, quando a gente compra é para suprir alguma frustração.” (Classe B)
          “Quando briga com o marido, aí é uma beleza, porque você assalta o cartão e vai comprar.” (Classe B)
. Em relação aos sentimentos envolvidos no ato de compra, a pesquisa detectou:
          prazer (gostam de voltar com compras para casa, querem logo usar);
          poder (ter dinheiro para levar aquilo que tem vontade);
          autoestima (levanta o astral, se sentem mais bonitas);
          amor (se presenteiam, comprar é um ato de merecimento).
. E quais são as compras irresistíveis? Roupas, sapatos, maquiagem, bolsas, acessórios… e promoção.
          “Eu compro sem pensar, eu compro porque eu gostei no momento.” (Classe C)
          “Nossa, não quero nem pensar. Eu gosto de comprar tudo!” (Classe A)
          “Se eu gostar, eu pago o que for preciso!” (Classe C)
          “Roupa e sapato, não dápara resistir.” (Classe B)
          “Se eu gostar, eu pago até R$250,00!!!” (Classe C)
. Aparência
“Quero estar bem apresentada.” Estar bem para quem? Além de questões emocionais, a “boa apresentação” está fortemente ligada a fatores de adequação social: estar condizentemente vestida para diferentes situações sociais, cumprindo os códigos de conduta (trabalho / sair com namorado / balada / fim de semana).
          “O homem não repara no meu make, no meu brinco, mas a mulher repara.” (Classe A)
          “As minhas amigas reparam mais que o meu namorado.” (Classe A)
          “Você se arruma para se destacar, chamar a atenção! Entre várias meninas, você está se destacando.” (Classe A)
          “Se você se arruma e vê que está bonita, todos à sua volta vão falar o mesmo.” (Classe A)
          “Dependendo do lugar, não dápara repetir o sapato. Se é com um pessoal que não viu ainda, aí tudo bem.” (Classe C)
          “Mulher se veste para outra mulher, não adianta!” (Classe C)
          “É muito difícil uma mulher se vestir para ela mesma.” (Classe C)
. Vaidade
As tribos da vaidade se descrevem:
          “Quero arrasar sempre”: mulheres que abusam do salto, utilizam mais acessórios, carregam mais na maquiagem do dia e tem uma autoestima bem trabalhada.
          “Quero conforto de dia e surpreender a noite”: se vestem de forma mais básica para o trabalho e tem uma atitude mais ousada quando saem à noite.
          “Gosto de estar bem, mas não quero chamar atenção”: mulheres que passam mais anonimamente, apenas com preocupações básicas de cuidado.
. Estilo e moda
A definição é “estilo, cada um tem o seu”, ou seja, é mais abstrato. Para as entrevistas, o estilo é algo que se aproxima/confunde com o “meu jeito”; não necessariamente está carregado de “atitude”. A moda, por sua vez, é padronizada – uma só, algo mais tangível. A moda nunca está isolada; está sempre ligada ao estilo próprio. Ela, por si só, soa caricatural. Quando se associa ao “meu jeito”, ganha espontaneidade. Entre os discursos sobre a moda:
          Tô na moda
Mais vaidosas, seguem tendências e se informam sobre novidades nas lojas.
          Meu jeito
Consideram que têm um estilo próprio, fogem do discurso da moda padronizado e exclusivo para magras.
          Oprimida
Não têm informação e, em geral, têm menos dinheiro – “faz o que dá”.

. Atitudes em relação à moda
As pioneiras são as primeiras a aderir às tendências de moda, menos preocupadas com as opiniões contrárias e com comportamento carregado de atitude, do tipo “sou mais eu”. As seguidoras esperam a moda se estabilizar para fazer uso das tendências – menos como temor, mais como processo de assimilação. Para essas, o limiar é tênue: ao mesmo tempo que não são “propagadoras de nova moda”, não gostam de peças que todas utilizam – retorna o discurso da originalidade. O importante é frisar que a mulher é múltipla, podendo ter inúmeras facetas, com muitos modelos de estilo e comportamento em diferentes momentos do seu dia e da sua vida.

. Roupa ou calçado?
As entrevistadas acreditam que a roupa é mais difícil de comprar por conta da falta de padrão dos manequins. Apesar do prazer em adquirir uma peça de roupa, o potencial de frustração é muito maior. O sapato, por sua vez, é quase um fetiche. A compra raramente é funcional – é, antes, passional. A compra do sapato dificilmente revela alguma frustração pessoal. Os sentimentos envolvidos na compra do sapato e da roupa são os mesmos: o que está em pauta é o desejo de se sentir mais bonita e mais reverenciada. O sapato é um componente do visual tão importante quanto a roupa. Sobretudo, os de salto – eles têm uma dimensão simbólica de poder, elegância e sensualidade. As entrevistadas afirmam estar sempre de olho nos sapatos das outras mulheres e julgam-no uma arma de sedução. A roupa é mais fácil de comprar por ter maior variedade no mercado, usar mais e combinar com maior número de sapatos.

.  O calçado no look
Em geral, o sapato está preso ao senso de adequação: combina-se de acordo com o estilo da roupa – não necessariamente nas cores, embora tenha uma linha comportamental nessa direção – e da situação. Portanto, uma peça dependente das demais. Pode ser mais protagonista ou mais compositor do look, mas sempre desempenha um papel importante. O calçado tem que combinar com o quê? A tradicional, certinha, combina o sapato – no tocante a cores e tons – com outros elementos como bolsa, cinto, roupa e acessório. A moderna, desencanada, acha que o sapato é uma peça independente e não necessariamente deve combinar com o tom ou cores dos acessórios.

. Quantidade média de calçados
As mulheres da classe A têm, no mínimo, 30 pares e no máximo 110 pares. As da classe B, no mínimo 20 pares e no máximo 100 pares. As da C, no mínimo 15 pares e no máximo 30 pares. Não há métrica em relação ao número de pares que as entrevistadas têm em casa – a contagem desafiava princípios de vaidade, classe social, idade… É nitidamente um objeto de quase-coleção para algumas mulheres.

. O calçado e a ocasião
Analiticamente, apesar de migrantes, os calçados se agrupavam em três grandes núcleos:
          Trabalho – mais confortáveis, formais básicos, práticos e sérios (tribos esporte e social, conforme ocupação).
          Dia a dia – mais descontraídos, baixos e abertos
          Noite – mais altos, sensuais, chiques e modernos
. Calçados beleza e conforto
O discurso dominante é de que beleza deve andar junto com conforto. De um lado, vale sofrer um pouquinho para estar mais bonita, sobretudo em ocasiões especiais – sempre levando em conta se permanecerão em pé ou sentadas na ocasião, fazendo, assim, uma análise de custo-benefício. De outro, trabalhar o dia todo com o pé doendo, por exemplo, não dá. Em situações cotidianas, o conforto se torna muito mais prioritário para a saúde dos pés e para a qualidade do humor.

. Qualidade
O que é qualidade? Material e acabamento estão entre os atributos tangíveis, ou seja, considerados no momento da compra. Durabilidade e conforto estão entre os atributos intangíveis na hora da compra e são estes atributos que podem gerar frustração no futuro. Marca e preço estão necessariamente associados à qualidade do calçado. Mais que a roupa, a qualidade do sapato foi tida como fundamental: traz a ideia de sustentação do corpo e a segurança de não “ficar na mão”.

. Quanto se paga por um calçado?
A precificação do calçado é muito relativa e depende do modelo de sapato (rasteirinha, salto, bota…), da marca e, sobretudo, do grau de encanto por ele – “me apaixonei”.

. Marca
As mulheres têm baixo índice de afinidade ou fidelidade com as marcas de sapato. Apesar de citarem algumas marcas, poucas se demonstraram “fãs”. As mulheres brasileiras estão abertas a experimentar marcas que não conhecem, desde que ofereçam uma boa qualidade. As diferenças entre marcas aparecem na variedade (gostam de ter muita opção); preço (não é condicional, caçam oportunidades); e qualidade (condição mínima para comprar um sapato). Nenhuma das entrevistadas tinha mais de três pares da mesma marca.

. Momento da compra
As mulheres brasileiras entram na loja de calçados, invariavelmente, estimuladas pela vitrine. O processo de compra é bastante distante da racionalidade: cumprindo as premissas básicas de qualidade, não há planejamento prévio de necessidade ou adequação ao guarda-roupa. Ou seja, é uma compra, puramente instintiva.
“Vi. Me apaixonei. Levei.”


. Atendimento
As entrevistadas se queixam muito da figura do vendedor “grudento”, aquele que “fica no pé”. Acreditam que esse profissional deve se colocar à disposição, sem interferir no processo de visualização da loja. Quando consultado, deve ser gentil e pode sugerir outras opções – desde que apresente o calçado pedido.

. Caixa de sapatos
A maioria não gosta de caixa por uma questão de espaço e por não ter utilidade.
O “saquinho” é bem vindo, mas nem toda loja fornece. Uma entrevistada alego que o saquinho dificulta a visualização dos sapatos na hora de escolher.

. Mix de produtos
As entrevistadas acreditam que a loja de sapatos deveria oferecer bolsas e acessórios.

QUANTITATIVA
. Vale a pena sofrer um pouco para ficar mais bonita: 76% concordam totalmente ou parcialmente com esta afirmação.
. Para 80% é a “ocasião social” que define a escolha do sapato. No trabalho, as mulheres da classe A quase sempre usam salto alto; as da B e C gostam de saltos, mas usam rasteiras e tênis.

 No meu caso, jamais me  contento em comprar apenas um par. Me dá aquela sensação de vazio, de estar faltando algo sabe..Pense, que graça tem entrar em uma loja pra levar apenas um par de sapatos? Isso é inadimissível. Por isso só entro na loja quando pretendo comprar no mínimo dois!


Não tem coisa mais bonita que um armário lindo, cheio de sapatos de todas as cores e modelos. Definitivamente é um objeto de desejo e prazer!.
Esse estudo da GIacometti Comunicação investigou a verdadeira relação que as mulheres brasileiras das classes A, B, C e D, de 18 a 40 anos, mantém com os sapatos.
Vale a pena conferir!

Ivany Soares
(JORNALISTA E ADORADORA DE SAPATOS)