sexta-feira, 1 de abril de 2011

MULHER E POLÍTICA


Dra. Carlota Pereira de Queirós: primeira mulher eleita deputada federal na história do Brasil

  
História da participação das mulheres na política
Durante grande parte da História do Brasil, as mulheres não tiveram participação na política, pois a elas eram negados os principais direitos políticos como, por exemplo, votar e se candidatar. Somente em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram o direito do voto. Também puderam se candidatar a cargos políticos. Nas eleições de 1933, a doutora Carlota Prereira de Queirós foi eleita, tornando-se a primeira mulher deputada federal brasileira.

Principais conquistas das mulheres na política brasileira
- Em 1932, as mulheres brasileiras conquistam o direito de participar das eleições como eleitoras e candidatas.
- Em 1933, Carlota Prereira de Queirós tornou-se a primeira deputada federal brasileira
- Em 1979, Euníce Michiles tornou-se a primeira senadora do Brasil.
- Entre 24 de agosto de 1982 e 15 de março de 1985, o Brasil teve a primeira mulher ministra. Foi Esther de Figueiredo Ferraz, ocupando a pasta da Educação e Cultura.
- Em 1989, ocorre a primeira candidatura de uma mulher para a presidência da República. A candidata era Maria Pio de Abreu, do PN (Partido Nacional).
- Em 1995, Roseana Sarney tornou-se a primeira governadora brasileira.
- Em 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff (PT - Partido dos Trabalhadores)  venceu as eleições presidenciais no segundo turno, tornando-se a primeira mulher presidente da República no Brasil.

Uma lembrança de 1932: Dra. Carlota Pereira de Queiroz



1 Carlota de Queiroz32sp146Dra. Carlota Pereira de Queiroz

Comemorando Revolução Constitucionalista de 1932, nada mais natural do que trazer à lembrança a Dra. Carlota Pereira de Queiroz, primeira deputada federal do Brasil, eleita por São Paulo em 1933.    Sua projeção na política paulista surgiu durante a Revolução Constitucionalista de 1932.  Ela organizou um grupo de 700 mulheres e junto com a Cruz Vermelha deu assistência aos feridos nesta guerra civil.    Esse trabalho serviu de semente para uma vida pública, com deputada federal. 
carlota de queiroz

Carlota Pereira de Queiroz nasceu em 13 de fevereiro de 1892, em São Paulo.  Veio de uma família abastada de fazendeiros pelo lado do pai e de uma família de políticos do lado da mãe.   Mas não foi a importância de qualquer uma das famílias que mais a caracterizou.  Foi simplesmente o fato de ser uma mulher moderna e que não aceitava as limitações comumente impostas pela sociedade.  Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1926), com a tese ” Estudos sobre o Câncer“. Interna da terceira cadeira de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e chefe do Laboratório de Clínica Pediátrica (1928), como assistente do professor Pinheiro Cintra. Foi comissionada pelo governo de São Paulo em 1929 para estudar Dietética Infantil em centros médicos da Europa.  Sempre exerceu sua profissão.
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Dra.  Carlota Pereira de Queiroz, na Câmara dos Deputados, 1934.

Além disso, esta médica fez história no Brasil porque foi a primeira mulher a ser deputada. Nas eleições de 3 de maio de 1933, pela primeira vez em nossa história uma mulher foi eleita para uma cadeira na Câmara dos Deputados. Como parlamentar elaborou o primeiro projeto sobre a criação de serviços sociais no país. Em 1934, elegeu-se novamente, mandato que exerceu até o Golpe de Getúlio Vargas que fechou o Congresso Nacional, em novembro de 1937.   Eleita membro da Academia Nacional de Medicina em 1942, fundou, oito anos depois, a Academia Brasileira de Mulheres Médicas, da qual foi presidente durante alguns anos. Dra. Carlota Pereira de Queiroz faleceu em 17 de abril de 1982.

Legislativo, mulheres querem
que reforma política inclua “agenda feminina”

Temas como violência doméstica e igualdade no mercado de trabalho são prioridades
Marina Novaes, do R7, em São Paulo, e Priscilla Mendes, do R7, em Brasília
Agência BrasilAgência Brasil
Temas como violência contra as mulheres, igualdade de oportunidades e aumento da representatividade são prioridades

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Há quase quatro milhões a mais de mulheres que homens no Brasil, mas, mesmo em maioria no país, elas ainda são “esmagadas” por eles quando se trata de representatividade política. Na Câmara, o número de deputadas federais não chega a 10% do total de cadeiras disponíveis e, no Senado, há apenas 12 parlamentares do sexo feminino – num total de 81 vagas. A disparidade dos números é uma das principais preocupações das mulheres que escolheram a carreira e se elegeram senadoras e deputadas. Elas veem, na reforma política que acaba de entrar em discussão no Congresso, uma chance de criar oportunidades para o gênero.
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Além de incluir questões que abordem essa “agenda feminina”, as parlamentares defendem que os partidos cumpram com rigor o que já estabelece a lei. Durante a cerimônia em homenagem às mulheres no Congresso, no último dia 1º, a atual coordenadora da bancada feminina na Câmara, Janete Pietá (PT-SP), lembrou que poucas legendas têm se esforçado para ampliar a participação das mulheres na política.
- Queremos que o financiamento seja público e que os partidos cumpram a decisão da minirreforma, que estabelece que 5% do Fundo Partidário tem de ser para a formação de novas lideranças femininas.
Pela lei atual, os partidos devem fazer com que 30% das candidaturas sejam de mulheres, mas a deputada Perpétua de Almeida (PCdoB-AC) diz que a legislação deveria ir além.

- Hoje já se discute a possibilidade de um projeto que garanta a equidade entre todas as esferas do poder. A presidente Dilma [Rousseff], de livre e espontânea vontade, tentou garantir os 30% de mulheres nos ministérios. [...] Por que então não incentivar isso nas prefeituras, nas esferas dos governos? Para a senadora Ângela Portela (PT-RR), a reforma poderá “corrigir distorções” na política.
- Mesmo com representação reduzida, podemos trazer para o debate da reforma política formas de corrigir essas distorções que ainda mantêm as mulheres em posição subalterna na sociedade. Seria o caso de, inclusive, redefinirmos as quotas partidárias para que cada agremiação apresente, obrigatoriamente, o mesmo número de candidatas e candidatos.
Violência doméstica e igualdade
Outra bandeira que independe de partidos é a luta contra a violência doméstica e pela igualdade de reconhecimento no mercado de trabalho. Recém eleita deputada estadual em São Paulo, a cantora e compositora Leci Brandão (PCdoB-SP), que assume uma cadeira na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) no próximo dia 15 de março, disse ao R7 que defendeu a fundação de uma rede de creches públicas noturnas, para ajudar as mães que trabalham à noite.
- Quando se fala em igualdade de oportunidades, é preciso criar condições de trabalho. Nós precisamos criar creches noturnas em São Paulo porque muitas mulheres precisam trabalhar à noite e não têm com quem deixar seus filhos. E, outra coisa, precisamos de mais delegacias de mulheres e maior rigor na aplicação da lei Maria da Penha.
Citando como exemplo um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a deputada Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) destaca a diferença gritante de remuneração entre homens e mulheres.
- Um estudo realizado pelo Ipea mostra que, se políticas de igualdade salarial para homens e mulheres continuarem no ritmo atual, gastaremos 87 anos para que as mulheres possam chegar próximas ao que os homens ganham – uma diferença que chega hoje a 25%.

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