PRÉ HISTÓRIA
Os primeiros sinais de vaidade começaram na Pré História, quando o homem passou a se reunir em grupos e se fixou na terra, surgindo a diferenciação hierárquica. Os chefes, em geral os mais fortes do grupo, enfeitavam-se com as garras e dentes dos animais ferozes que caçavam. Surgiram também as primeiras "pinturas de guerra" que dariam mais força ao guerreiro, além de "assustarem" o adversário.
EGITO
Homens e mulheres pintavam o rosto por acreditarem na relação entre espiritualidade e aparência. A maquiagem se tornou parte da higiene diária, um verdadeiro ritual de beleza. Os olhos tinham o maior destaque: eram delineados e aumentados com kohl (carvão), as pálpebras recebiam toques de índigo e sobre elas se esfumavam uma sombra em pó, colorida, feita de malaquita moída (pedra). Utilizavam também henna, açafrão, curry e outros pós coloridos.
A maquiagem era usada mas não tanto quanto no Egito. A preocupação maior
era com a saúde e a beleza do corpo. Os homens não se maquiavam e
procuravam manter a forma com exercício físico, massagens e banhos
aromáticos. As mulheres usavam maquiagem leve e os penteados eram
elaborados com fitas e cachos.
ROMA
Os romanos adquiriram dos gregos o costume dos banhos e dos exercícios. Os óleos perfumados de massagem, banhos (termas) faziam parte do ritual de beleza. A maquiagem era mais exagerada entre as cortesãs, mas não deixava de ser usada pelas mulheres dos senadores e da elite.
IDADE MÉDIA
ROMA
Os romanos adquiriram dos gregos o costume dos banhos e dos exercícios. Os óleos perfumados de massagem, banhos (termas) faziam parte do ritual de beleza. A maquiagem era mais exagerada entre as cortesãs, mas não deixava de ser usada pelas mulheres dos senadores e da elite.

Teve início com a queda do Império Romano e o domínio do Cristianismo. A
vaidade foi condenada pela Igreja que passou a considerar como "hábitos
pagãos" o costume das termas, dos banhos e das massagens com óleos
perfumados dos romanos. Sendo alvo dessa nova ordem, as mulheres se
cobriram com longas e rodadas vestimentas e os cabelos ficaram
escondidos sob toucados. Mesmo assim tinham alguns toques de vaidade -
os cabelos eram clareados com água de lixívia (cinza do borralho
colocada na água) e com o sol. As sobrancelhas eram depiladas e a testa
aumentada pela depilação da linha dos cabelos. As faces eram beliscadas e
os lábios mordidos para que ficassem rosados.
Os decotes desceram, os penteados mais elaborados voltaram a ser usados e
novamente a maquiagem começou a ser introduzida no dia-a-dia. O luxo do
vestuário entrou na moda e, quanto mais nobre, mais enfeitado se
apresentava. Surgiram as mouches (moscas), que eram pintas feitas de
veludo, colocadas nos seios e no rosto de homens e mulheres. Na pintura
eram retratados rostos jovens, ideal de beleza buscado na Grécia.
SÉCULO XVIII

Na França, homens e mulheres voltaram a exagerar na maquiagem. Foi um
período caracterizado pelo exagero em muitas áreas: na pintura, na
arquitetura, no vestuário, nos penteados. O empoamento (pó de arroz)
deixava rostos e cabelos inteiramente brancos; as perucas chegavam a
altura de 50 cm; sedas, rendas, cetim e as mouches estavam no seu
apogeu. Os decotes chegavam até os mamilos e o colo era aspergido com
vinho tinto para que ficasse mais rosado.

A era vitoriana influenciou o comportamento e o guarda roupa feminino e masculino na Europa e parte da elite nos Estados Unidos. Roupas mais fechadas, decotes discretos, espartilhos, saias enormes, pouca maquiagem caracterizaram essa época dos cavalheiros e das damas.

O início do século XX foi marcado pela Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), que foi a grande responsável pela mudança no modo de ser e
pensar da humanidade. As mulheres assumiram novos papéis passando, pela
primeira vez, a integrar o mercado de trabalho. O vestuário se tornou
mais prático e adequado à rotina das fábricas e escritórios.
ANOS 20
Com o fim da guerra, o divertimento deu o tom desta década de prosperidade e liberdade. Época das melindrosas (eram as mulheres modernas) e dos vestidos chacoalhando ao som de Charleston e do jazz. A mulher começava a ter mais liberdade, os comprimentos subiram chegando à altura dos joelhos - era a primeira vez na história ocidental que as pernas femininas podiam ser vistas em público. Coco Chanel revolucionou a década de 20 com os seus cortes retos, blazers, cardigãs, colares compridos, reproduzindo a sua própria imagem - a mulher bem sucedida, independente, com personalidade e estilo. A maquiagem era forte, os lábios eram vermelhos pintados em formato de coração ou arco de cupido, os olhos bem marcados, as sobrancelhas tiradas e marcadas a lápis. Os cabelos eram curtos (Chanel) tinham franja e corte reto na altura das orelhas.
ANOS 30

Com o fim da guerra, o divertimento deu o tom desta década de prosperidade e liberdade. Época das melindrosas (eram as mulheres modernas) e dos vestidos chacoalhando ao som de Charleston e do jazz. A mulher começava a ter mais liberdade, os comprimentos subiram chegando à altura dos joelhos - era a primeira vez na história ocidental que as pernas femininas podiam ser vistas em público. Coco Chanel revolucionou a década de 20 com os seus cortes retos, blazers, cardigãs, colares compridos, reproduzindo a sua própria imagem - a mulher bem sucedida, independente, com personalidade e estilo. A maquiagem era forte, os lábios eram vermelhos pintados em formato de coração ou arco de cupido, os olhos bem marcados, as sobrancelhas tiradas e marcadas a lápis. Os cabelos eram curtos (Chanel) tinham franja e corte reto na altura das orelhas.
ANOS 30
A euforia dos anos 20 chegou ao fim com a crise de 1929 (queda da Bolsa
de Valores de Nova York). Em geral, os períodos de crise não são
caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Os anos 30 - ao
contrário da década anterior que havia destruído as formas femininas -
voltou a valorizar o corpo da mulher, através de uma elegância refinada;
as formas eram marcadas, porém naturais. As saias ficaram longas e os
cabelos começaram a crescer. A moda dos anos 30 descobriu o esporte, a
vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados iam para lugares à
beira-mar para passar as férias. A mulher dessa época devia ser magra,
bronzeada e esportiva. O cinema estava no auge e Hollywood, através de
suas estrelas, foi um referencial de disseminação de novos costumes. O
visual sofisticado da atriz Greta Garbo, com sobrancelhas e pálpebras
marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi muito imitado pelas
mulheres.
MAX FACTOR, químico que revolucionou a
história da maquiagem, criou uma série de truques que deixava as
estrelas de Hollywood com um rosto muito especial. Abriu uma indústria
de cosméticos, pois as atrizes estavam sempre "roubando" os seus
produtos para usar no dia-a-dia. Criou maquiagem para ruivas, morenas e
loiras, maquiagem líquida, à prova d´água e outra grande revolução o
PanCake - lançado em 1938 para o filme "... E o Vento Levou". A atriz
Vivian Leigh tinha a pele muito irregular e o PanCake a salvou nos
closes. Surgiram os estojos de bolsa, as mulheres podiam retocar a
maquiagem onde estivessem.
ANOS 40
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi novamente um catalizador de mudanças, a moda se tornou mais simples e austera - cortes retos, estilo militar, uso de duas peças criando looks intercambiáveis, racionamento de tecido, roupas recicladas, popularização dos sintéticos (como a viscose). Com a escassez de cabelereiros (até o final da década de 30, a profissão era exercida predominantemente por homens, que estavam lutando) os cabelos eram penteados com uma variedade de ondas e presos com grampos. A simplicidade a que a mulher estava submetida despertou o interesse pelos chapéus, surgiram novos modelos e adornos. A alta costura ficou restrita às mulheres dos comandantes alemães, dos embaixadores em exercício e àquelas que de alguma forma podiam frequentar as grandes maisons.
ANOS 50

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi novamente um catalizador de mudanças, a moda se tornou mais simples e austera - cortes retos, estilo militar, uso de duas peças criando looks intercambiáveis, racionamento de tecido, roupas recicladas, popularização dos sintéticos (como a viscose). Com a escassez de cabelereiros (até o final da década de 30, a profissão era exercida predominantemente por homens, que estavam lutando) os cabelos eram penteados com uma variedade de ondas e presos com grampos. A simplicidade a que a mulher estava submetida despertou o interesse pelos chapéus, surgiram novos modelos e adornos. A alta costura ficou restrita às mulheres dos comandantes alemães, dos embaixadores em exercício e àquelas que de alguma forma podiam frequentar as grandes maisons.

Com o fim da guerra, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina,
glamurosa e sofisticada. Era a consolidação do New Look, uma das
principais revoluções da moda, lançada por Christian Dior em 1947.
Metros e metros de tecido eram usados para confeccionar um vestido bem
amplo, na altura dos tornozelos, com cintura marcada. Os sapatos eram de
salto alto, além das luvas e outros acessórios como peles e jóias. As
jovens começaram a trocar as orquestras pela música de Elvis Presley. A
beleza era um tema de grande importância, com muitos lançamentos de
cosméticos. Spray de cabelo, delineador, sutiãs pontudos são as heranças
da década. Era também o auge das tintas para cabelos. Os penteados
podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, como os de Brigitte Bardot. O
corpo da mulher se tornou mais feminino e curvilíneo, valorizando
quadris e seios. Marilyn Monroe eternizou o look dos anos 50,
estabelecendo um padrão de símbolo sexual que atravessa décadas.
ANOS 60
Foi uma das décadas mais ricas. Pílula anticoncepcional, homem na Lua, morte de John Kennedy, Martin Luther King, minissaia, os Beatles, hippies, Festival de Woodstock, Guerra do Vietnã, Revolução de 64 (no Brasil), Mao Tsé-tung, Guerra Fria,... Liberdade sexual feminina. Os anos 60 viveram a explosão da juventude, o desejo de liberdade. Os jovens entraram para o mercado de trabalho e as empresas criaram produtos específicos para esse novo consumidor, que pela primeira vez, teve a sua própria moda, não mais derivada dos velhos. A modelo Twiggy, uma modelo inglesa de 1,70m com 45 quilos, tornou-se o biotipo imitado pelas jovens da época. Foi o auge da estética "lolita", com a sexualização de looks quase infantis. Para manter o ideal de corpo adolescente, as revistas femininas pregavam as dietas e os exercícios. A maquiagem era basicamente nos olhos. Batom e esmalte eram bem claros, em geral branco-leite e os olhos seguiam padrões de tonalidades do rosado ao verde-água, com cílios enormes, negros e bem "postiços". Os cabelos eram armados, cheios de laquê e as perucas estavam na moda.
No final da década, o reduto jovem mundial se transferiu de Londres (cidade da moda desta época), para São Francisco (EUA), berço do movimento hippie. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo. Era o movimento da contracultura, que se afastava da ostentação da jovem guarda, em busca de uma viagem psicodélica.
ANOS 70
Década da discoteca, de Dancing Days, John Travolta, calças boca-de-sino, golas pontudas, plataforma,....O movimento hippie traz referências de outras etnias. Os cabelos recebiam a influência afro e deviam ser enormes, crespos e bem armados. Na maquiagem os olhos eram muito enfatizados (sombras verde, rosa, azul) e até 1974 os cílios continuaram com força total. As maçãs do rosto tinham muito blush.
Em Londres surge o punk, quando um grupo de garotos desempregados, sintetizando a atmosfera do "No Future" e da falta de perspectivas, protestam com suas roupas rasgadas, muito preto, alfinetes, jaquetas de couro, coturnos e cortes de cabelos "moicanos".
ANOS 80
Era do poder e dos exageros visuais. A mulher passou a ocupar áreas antes reservadas aos homens ganhando status e dinheiro - são engenheiras, arquitetas, gerentes de empresa, donas de seu próprio negócio,... Foi também a época dos yuppies norte-americanos, que lançaram moda para todo o globo com suas roupas de griffe. Com o culto ao corpo começaram a corrida para as academias (febre da ginástica aeróbica), as vitaminas, a geração saúde.
A multiciplidade das tribos urbanas alcançou algo nunca visto - coexistiam punks, góticos, skinheads, new wavers, rappers (do hip-hop americano). A música influenciou fortemente a moda.
A ambiguidade foi um traço marcante da década - estampas de oncinha, cores cítricas, acessórios "fake" conviviam com discretos tailleurs e com roupas de moletom e cotton-lycra recém-saídas das academias. A maquiagem tinha batons de cores vivas como o pink e o vermelho, os olhos eram bem pintados com sombras fortes, os cílios eram alongados com máscaras coloridas (verde e azul). Os cabelos tinham gel para o look molhado, mousse para criar volume, ao lado das permanentes e topetes altos.
No fim da década apareceram as supermodels - Linda Evangelista, Naomi Campbell, Cindy Crawford, Claudia Schiffer - eram as mulheres mais glamourosas, desejadas e invejadas. Ocuparam o imaginário da mídia e do público, antes reservado às estrelas de Hollywood.
A mistura de tendências e a ambiguidade que caracterizou os anos 80 provaram que todos os limites são relativos e que a moda não é mais que a projeção de sonhos, idéias e aspirações - tudo é possível no mundo da criação.
ANOS 90
Trouxe o low profile, o minimalismo, pregando a simplicidade em oposição à extravagância e aos excessos visuais dos anos 80. O ideal era uma calça Calvin Klein com uma camiseta pólo, um Keds,... O heroin chic (palidez, olheiras e magreza excessiva) se tornou padrão. A modelo Kate Moss personificou esse estilo, muito reproduzido nos editoriais de moda.
O grunge conquistou o mundo e a moda com bandas de Seattle como Nirvana. No extremo oposto, a indústria do luxo se expandiu e revitalizou marcas esquecidas.
Os jovens dos anos 90 ganharam espaço com marcas e estilos para cada tribo. Os adolescentes passaram a mudar de estilo cada vez mais rápido. Entrou em ascensão as tatuagens e os piercings.
A moda mais plural, estimulou o estilo próprio e individual, dando pistas para a virada do milênio.
ANOS 2000
A globalização e o desenvolvimento da mídia aumentaram muito a velocidade da informação. Modelos brasileiras como Gisele Bündchen, Carol Trentini, Fernanda Tavares, Isabeli Fontana, ... passaram a estrelar campanhas de grandes grifes mundiais e invadiram as passarelas.
Estilistas brasileiros passaram a apresentar coleções nas semanas de moda de Nova York e Paris.
O governo do presidente Lula deu continuidade à política de estabilização econômica iniciada na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O Brasil se tornou um "país na moda". Guias e revistas de estilo voltaram-se para o país estendendo seus predicados para além do samba, praia, futebol e Carnaval. A moda tornou-se plural e subjetiva. Com várias possibilidades, a mulher faz a escolha baseada no seu estilo. O look ficou mais natural para cabelos e maquiagem. Iniciou-se a "ditadura da juventude" - nunca se usaram tantos recursos médicos e tecnológicos para frear o envelhecimento.
E a indústria de cosméticos se especializa cada vez mais em proporcionar bem estar, auto-estima, tornando os cuidados com a beleza, mais eficazes e mais práticos de serem inseridos no dia-a-dia.
Cremes nutritivos para cabelos usados durante a noite. Produtos naturais com ativos orgânicos em substituição aos derivados petroquímicos. Produtos específicos para homens como shampoos e tratamento facial. Loções corporais auto bronzeantes. "Spa em casa" - produtos de tratamento corporal que proporcionam a auto indulgência, o prazer e o relaxamento. Loções corporais, desodorantes, sabonetes com edições limitadas de cuidados especiais com a pele no verão. Maquiagem que trata e protege a pele. Finalizadores que modelam e tratam os cabelos... A lista é grande... e os produtos irão oferecer cada vez mais recursos seguindo estilos de vida, tendências,... tudo é movimento e evolução.
Referências:
ANOS 60
Foi uma das décadas mais ricas. Pílula anticoncepcional, homem na Lua, morte de John Kennedy, Martin Luther King, minissaia, os Beatles, hippies, Festival de Woodstock, Guerra do Vietnã, Revolução de 64 (no Brasil), Mao Tsé-tung, Guerra Fria,... Liberdade sexual feminina. Os anos 60 viveram a explosão da juventude, o desejo de liberdade. Os jovens entraram para o mercado de trabalho e as empresas criaram produtos específicos para esse novo consumidor, que pela primeira vez, teve a sua própria moda, não mais derivada dos velhos. A modelo Twiggy, uma modelo inglesa de 1,70m com 45 quilos, tornou-se o biotipo imitado pelas jovens da época. Foi o auge da estética "lolita", com a sexualização de looks quase infantis. Para manter o ideal de corpo adolescente, as revistas femininas pregavam as dietas e os exercícios. A maquiagem era basicamente nos olhos. Batom e esmalte eram bem claros, em geral branco-leite e os olhos seguiam padrões de tonalidades do rosado ao verde-água, com cílios enormes, negros e bem "postiços". Os cabelos eram armados, cheios de laquê e as perucas estavam na moda.
No final da década, o reduto jovem mundial se transferiu de Londres (cidade da moda desta época), para São Francisco (EUA), berço do movimento hippie. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo. Era o movimento da contracultura, que se afastava da ostentação da jovem guarda, em busca de uma viagem psicodélica.
ANOS 70
Década da discoteca, de Dancing Days, John Travolta, calças boca-de-sino, golas pontudas, plataforma,....O movimento hippie traz referências de outras etnias. Os cabelos recebiam a influência afro e deviam ser enormes, crespos e bem armados. Na maquiagem os olhos eram muito enfatizados (sombras verde, rosa, azul) e até 1974 os cílios continuaram com força total. As maçãs do rosto tinham muito blush.
Em Londres surge o punk, quando um grupo de garotos desempregados, sintetizando a atmosfera do "No Future" e da falta de perspectivas, protestam com suas roupas rasgadas, muito preto, alfinetes, jaquetas de couro, coturnos e cortes de cabelos "moicanos".

Era do poder e dos exageros visuais. A mulher passou a ocupar áreas antes reservadas aos homens ganhando status e dinheiro - são engenheiras, arquitetas, gerentes de empresa, donas de seu próprio negócio,... Foi também a época dos yuppies norte-americanos, que lançaram moda para todo o globo com suas roupas de griffe. Com o culto ao corpo começaram a corrida para as academias (febre da ginástica aeróbica), as vitaminas, a geração saúde.
A multiciplidade das tribos urbanas alcançou algo nunca visto - coexistiam punks, góticos, skinheads, new wavers, rappers (do hip-hop americano). A música influenciou fortemente a moda.
A ambiguidade foi um traço marcante da década - estampas de oncinha, cores cítricas, acessórios "fake" conviviam com discretos tailleurs e com roupas de moletom e cotton-lycra recém-saídas das academias. A maquiagem tinha batons de cores vivas como o pink e o vermelho, os olhos eram bem pintados com sombras fortes, os cílios eram alongados com máscaras coloridas (verde e azul). Os cabelos tinham gel para o look molhado, mousse para criar volume, ao lado das permanentes e topetes altos.
No fim da década apareceram as supermodels - Linda Evangelista, Naomi Campbell, Cindy Crawford, Claudia Schiffer - eram as mulheres mais glamourosas, desejadas e invejadas. Ocuparam o imaginário da mídia e do público, antes reservado às estrelas de Hollywood.
A mistura de tendências e a ambiguidade que caracterizou os anos 80 provaram que todos os limites são relativos e que a moda não é mais que a projeção de sonhos, idéias e aspirações - tudo é possível no mundo da criação.
ANOS 90
Trouxe o low profile, o minimalismo, pregando a simplicidade em oposição à extravagância e aos excessos visuais dos anos 80. O ideal era uma calça Calvin Klein com uma camiseta pólo, um Keds,... O heroin chic (palidez, olheiras e magreza excessiva) se tornou padrão. A modelo Kate Moss personificou esse estilo, muito reproduzido nos editoriais de moda.
O grunge conquistou o mundo e a moda com bandas de Seattle como Nirvana. No extremo oposto, a indústria do luxo se expandiu e revitalizou marcas esquecidas.
Os jovens dos anos 90 ganharam espaço com marcas e estilos para cada tribo. Os adolescentes passaram a mudar de estilo cada vez mais rápido. Entrou em ascensão as tatuagens e os piercings.
A moda mais plural, estimulou o estilo próprio e individual, dando pistas para a virada do milênio.
ANOS 2000
A globalização e o desenvolvimento da mídia aumentaram muito a velocidade da informação. Modelos brasileiras como Gisele Bündchen, Carol Trentini, Fernanda Tavares, Isabeli Fontana, ... passaram a estrelar campanhas de grandes grifes mundiais e invadiram as passarelas.
Estilistas brasileiros passaram a apresentar coleções nas semanas de moda de Nova York e Paris.
O governo do presidente Lula deu continuidade à política de estabilização econômica iniciada na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O Brasil se tornou um "país na moda". Guias e revistas de estilo voltaram-se para o país estendendo seus predicados para além do samba, praia, futebol e Carnaval. A moda tornou-se plural e subjetiva. Com várias possibilidades, a mulher faz a escolha baseada no seu estilo. O look ficou mais natural para cabelos e maquiagem. Iniciou-se a "ditadura da juventude" - nunca se usaram tantos recursos médicos e tecnológicos para frear o envelhecimento.
E a indústria de cosméticos se especializa cada vez mais em proporcionar bem estar, auto-estima, tornando os cuidados com a beleza, mais eficazes e mais práticos de serem inseridos no dia-a-dia.
Cremes nutritivos para cabelos usados durante a noite. Produtos naturais com ativos orgânicos em substituição aos derivados petroquímicos. Produtos específicos para homens como shampoos e tratamento facial. Loções corporais auto bronzeantes. "Spa em casa" - produtos de tratamento corporal que proporcionam a auto indulgência, o prazer e o relaxamento. Loções corporais, desodorantes, sabonetes com edições limitadas de cuidados especiais com a pele no verão. Maquiagem que trata e protege a pele. Finalizadores que modelam e tratam os cabelos... A lista é grande... e os produtos irão oferecer cada vez mais recursos seguindo estilos de vida, tendências,... tudo é movimento e evolução.
Referências:
Senac
Palomino, Erika - A moda/ Erika Palomino. São Paulo: Publifolha, 2002.
Scalzo, Marília - Trinta anos de moda no Brasil: uma breve história. São Paulo: Editora Livre, 2009.
Almanaque Folha
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